Os Vencedores!

Depois de horas a fio de leituras, discussões, choros e risadas finalmente chegamos a difícil decisão da promoção do nosso humilde blog.

Vem aí o recado carinhoso da filha de Beny e Karen Cohen e também dos irmãos Katina Mascarenhas.

Divirtam-se e matem um pouquinho das saudades!

Segue abaixo as respostas premiadas.

O que me motiva a levar meus filhos ao Dror?

"Quero proporcionar a eles um convívio sadio e enriquecedor com as crianças e jovens da comunidade.
Além de princípios judaicos espero que eles aprendam a dificil arte de se relacionar, respeitem as diferenças e conquistem a sua independência.
Outro ponto que me motiva são as relações de amizade que são construídas e espero que os acompanhem por toda a vida."
Fico muito feliz por estarem no Dror e desde já parabenizo a todos os jovens que contribuem e passam segurança aos aflitos pais.

Um abraço a todos.

Leonardo Diniz Mascarenhas e Gabriela Katina

Pai e Mãe do Be e Dani Katina Mascarenhas. 

Queridos da Tzevet e Queridos Chanichim!!!
 
Fomos indagados a responder à pergunta ´´o que nos motiva a levar nosso filho ao Dror  ? ´´. Esta pergunta no meu caso me remete a lembrar de 25 anos atrás para que vocês possam compreender um pouco de meu sentimento.
 
Logo no início da transição para trazer o Habonim de volta a BH, convivi com dramas de jovens líderes da época que deram sua alma para trazer o movimento a BH. Meu irmão Rony, que na época era um menino (14- 15 anos) foi um dos grandes propulsores que fizeram com que o Habonim pousasse em BH. Acredito que poucos de vocês realmente sabem  dos detalhes que envolveram a troca de Chazit Hanoar pelo Habonim. As mágoas e rachaduras que tal troca ocasionaram em certas amizades.
Parte do snif da época queria manter laços com Chazit pois os amigos de outros estados estavam na chazit. Por outro lado, parte queria mudança, por sentir que a Chazit Central não dava atenção devida a um snif pequeno com suas peculiaridades.
Venceu como se percebe, o grupo que abriu mão de valores pessoais para pensar no VALOR COMUNITÁRIO. Venceu o grupo que manteve a ideologia e o desejo de criar um movimento que pudesse permanecer vivo por muitos anos e não um que manteria amizades por mais 3 ou 4 anos.... VENCEU O EXEMPLO!!!!
 
Desde pequeno, Tzofe, ja me envolvia com estes dramas. Na época, muitos não deram o sangue que era necessário para o movimento, recém criado, decolar. Como sempre, POUCOS FIZERAM POR MUITOS!!!
Muitos gostavam de aparecer e outros de FAZER!!! Muitos gostavam de aparecer em fotos para se mostrarem presentes, entretanto poucos ARREGAÇARAM as mangas e FIZERAM O PRESENTE (e não podiam imaginar que faziam o futuro)!
  
O tempo foi passando, e em 1984 fui a minha primeira machane de Solelim. Lembro-me que ver os Bogrim na Tnuá era carta em extinção, ou melhor dizendo, era carta que valia OURO, pois eram tão poucos que iam pra Israel e voltavam pra Tnua, que a carta valia demais.
 
Quase não se via Boguer na Tnuá. Atá este ano, no máximo 3 ou 4 tinham ido pra Israel e de fato voltado para Tnuá.
Lembro me como se fosse ontem, que  a cada ano que passava, menos bogrim eram vistos. Isso acontecia pois completados 2 anos após seu retorno, saiam da Tnuá exauridos de tanto trabalhar. Mais um ano de Magshimim que não iam pro Shnat, e mais um ano de desespero dos Bogrim que ainda ficavam na ativa. Este drama durou por bons 5-6 anos.
 
1982- 2 Bogrim, 1983- 1 Boguer, 1984- 3 Bogrim, 1985 - 2 Bogrim, 1988 -1 Boguer, 1989- 2  Bogrim, 1990- 3 ......... era desesperador...
 
Ao ir em minha 1º Machane Central, em 1986, pude perceber a grandeza deste movimento. Poder participar de um movimento de jovens era algo que dava muita importância. Os valores a mim transmitidos pelos Madrichim eram uma benção. Poder ter a oprtunidade de destacar o JOIO do TRIGO era um ensinamento. Poder receber de jovens VALORES DE JUDAISMO, DE SIONISMO  E DE VIDA me fascinava.
 
Quando efetivamente entrei em Schichavot Bogrot, comecei a me envolver dioturnamente com a vida Tnuati. Nos dias de hoje, não se pode imaginar o que era isso.
Minha Kvutza, com mais ou menos 8-9 integrantes, percebia claramente que a Tnuá não duraria muito. Isso nos inquietava, nos incomodava, e ao mesmo tempo, fazia com que nos redobrássemos para fazer " a coisa acontecer". Os BOGRIM (2 ) da época, acreditavam que estava em NÓS a esperança. Que naquela Kvutza estariam HOMENS E MULHERES que fariam o início do futuro. Éramos realmente uma Kvutza especial, com brio, com garra, com vontade!!!!
 
Quando nos tornamos MORDIM, já fazíamos parte do grupo que TOMAVA AS DECISÕES!!! Éramos os madrichim de todas as Shichavot Ktanot, Guizbarim, Guizbarei vaadot, etc!!! Poucos das shichavot de cima se envolviam com a Tnuá como nós. Os Bogrim, lutadores, guerreiros, idealistas estavam ali nos guiando para não abandonarmos o barco. Já estavam exaustos, já não pegavam cargos, mas estavam lá pra não deixar a peteca cair. Fazíamos de tudo, dedicávamos noites inteiras para Tnuá. Provas no dia seguinte, brigas com pais e mães que achavam que estávamos exagerando, brigas internas com o próprio grupo, passamos por cima de tudo. Posso dizer que minha KVUTZá vivia na Tnuá, mais do que em casa. Voltávamos pra casa, os 9, às 24:00 ou 1:00 da manhã de bicicleta e chegando em casa, felizes, brigávamos com nossos pais, pois havia aula no dia seguinte... Era demais...
 
No 2º semestre em que eramos Mordim, já assumíamos TUDO. Quando, no segundo semestre de MORDIM, já estávamos assumindo a MASKIRUT e Vaadat Chinuch!!
Todos os cargos estavam sendo preenchidos pela nossa Kvutzá. Ao mesmo tempo, tinhamos a noção que as kvutzot de baixo, queriam ajudar, pois estávamos nos tornando EXEMPLO para eles. Eles nos olhavam com orgulho, e nós mantinhamos tudo.... Era uma época linda!!!!!!
Nossa intenção era retardar ao máximo que as shichavot abaixo da nossa pegassem cargos desgastantes cedo demais como nós.
Já tinhamos aprendido que quanto mais cedo houvesse desgaste, mais cedo sairiam da tnua. Desta forma, nos doamos por inteiro à tnua....Talvez alguns saíssem da nossa Kvutza, mas a base se mantinha unida, pois eramos realmente fortes.Sabiamos que as kvutzot de baixo ficavam magoadas pois assumimos tudo, mas alguém deveria assumir quando nos estivessemos no Shnat. E estas kvutzot mostraram seu valor ai...
 
Nossos chaverim de outros estados ficavam impressionados. Como voces, mordim ja assumem tantas funções?
Só para se ter uma idéia de onde chegamos, no 2º semestre de Maapilim, já estava indo como Madrich em Tzevet de Machané Central de Bonim.
E asim os anos se passaram.... LINDOS ANOS, LINDAS EXPERIENCIAS, LINDAS AMIZADES, LINDA FELICIDADE...
 
Não posso deixar de escrever aqui os nomes de meus AMIGOS que lutaram junto comigo pra TUDO acontecer:
Flavinho, Paulo, Beto, Marcelo, Anete, Fabio, Ze, Ilana e claro, como nao dizer e agradecer a Rony, Marquinhos e Isac... Foram brilhantes!!!!!!
 
No segundo semestre de 1989, faltando 6 meses pro nosso shnat, arquitetamos o mais DIABÓLICO dos planos:
 
Os riscos de bela Kvutzá abaixo da nossa não resistir a 1 ano de nosso Shnat, resolvemos investir TUDOOOOOOO para trazer um Shlichon de peso.
Foi nosso maior erro: TROUXEMOS O XAXÁ . rsrsrsrsrrsrs
Pronto, podiamos viajar tranquilos, o Snif sobreviveria com Kvutzot pouco desgastadas, com gana de trabalho,  e com força e o EXEMPLO que veio com XAXÁ.
 
Em 1990, fomos pro Shnat: Beny (Machon), Beto e Paulo (Shnat) 
Em 1991 voltamos e foram pra Israel 9 BOGRIM . Era o sonho... Daí em diante, foi "SÓ FESTA!!!!!!!!!!!!!!!!"
 
Pra finalizar meu ciclo com  coroamento, fui eleito MERAKEZ CHINUCH ARTZI quando voltei de Israel !!!! Acho que chegamos lá...
 
Valeu a pena?? Será ????
 
Então agora, depois de toda esta lenga lenga, volto a pergunta original.
Passaram -se 21 anos desde nossa volta do shnat, e o resultado de todo o esforço se recompença em dobro...
 
 
Saber que o que plantamos há 27 anos atrás, colhemos frutos agora.
 
A TNUÁ ME DEU O AMOR DA MINHA VIDA, MINHA COMPANHEIRA, MINHA AMIGA, E ESPOSA KAREN!!!!!
 
Nossa filhota amada, AYELET, está na TNUÁ!!!! Que prazer maior posso ter? Que orgulho maior posso ter?
 
O SANGUE DA TNUÁ CORRE NA MINHA VEIA E PERCORRE MINHA ALMA!!!
 
Aí vão os motivos em maiúscula no texto:
 
VALOR COMUNITÁRIO
VENCEU O EXEMPLO
POUCOS FIZERAM POR MUITOS
FAZER - CARREGAR O PIANO
FAZER O PRESENTE ACONTECER
VALORES DE JUDAISMO, DE SIONISMO  E DE VIDA
HOMENS E MULHERES
TOMADA DE DECISÕES
EXEMPLO
LINDOS ANOS, LINDAS EXPERIÊNCIAS, LINDAS AMIZADES, LINDA FELICIDADE...
AMIGOS
 
 
Gostaria aqui também de cumprimentar e agradecer a todos que durante todos estes anos, deram parte de suas vidas a tnua.
TODOS foram e são fundamentais para o desfecho final desta linda história.
Contei aqui minha experiência... Posso ter deixado de citar alguns...
Desculpem-me, mas confesso que termino este texto emocionado por lembrar desta minha linda história...
 
Aleh Ve Hagshem!!!
 
Beny Cohen